sábado, 8 de janeiro de 2011

Desaparecida jovem de 16 anos.

O caso que mexe com a cidade desde o fim de 2010, o desaparecimento de Bruna Tadim, 16 anos, que não é vista desde o dia 29 de dezembro, após sair para encontrar um antigo amigo de escola que conseguiria um emprego, é de responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, que, agora, investiga o caso.
Mesmo com as conversas entre Bruna e o suspeito, o menor M.B.S, 17 anos, pelo MSN e outras redes sociais, confirmando o encontro às 20h, no Parque Cecap, em frente da escola onde ele teria estudado com a vítima, a polícia ainda diz que será preciso algo mais para cravar o nome do adolescente como responsável pelo crime.
De acordo com o delegado de Homicídios, Wagner Terribilli, apesar de o adolescente ter passagem por estupro, tendo cumprindo entre 6 e 9 meses de internação, um porte de drogas em Praia Grande, além das denúncias de duas outras vítimas que foram prestar depoimentos, na manhã de ontem, ainda é preciso materialidade. “Não há corpo ou materialidade, ainda não há crime. Onde está a Bruna? Não posso culpar esse menor, pedir sua prisão e, de repente, ela aparecer”, afirmou.
Segundo Terribilli, mesmo ainda faltando a materialidade, a polícia trabalha arduamente na resolução do caso. Além das buscas por Bruna, o computador e dois celulares do suspeito foram apreendidos, um exame de corpo de delito foi solicitado e quebra do sigilo telefônico de alguns envolvidos, incluindo parentes do adolescente, também foram solicitados. “Claro que a polícia está trabalhando e, desde o início, fizemos tudo o que foi possível. Queremos encontrar a Bruna e se o crime realmente se configurar, iremos investigar”, disse.
Caso – Bruna Tadim, 16 anos, está desaparecida desde o último dia 29, após sair de sua casa, no Jardim das Nações, comunicando a mãe que iria até o Parque Cecap encontrar um amigo da época em que estudaram na Escola Estadual Elísio de Oliveira Neves.
Família sofre com crime, mas tem esperança de menina estar viva
Em situação de desespero desde o dia 29 de dezembro, quando Bruna Tadim, 16 anos, familiares e pessoas ligadas à jovem continuam em sua procura, ao mesmo tempo em que se dividem em delegacias buscando culpados por um crime que, segundo a polícia, ainda não existe por falta de materialidade.
A mãe Selma Tadim, que diz ter alertado a filha para o cuidado com a proposta, e afirma ter ficado preocupado quando a filha saiu para o encontro, diz que vive dias de tristeza e espera que a filha esteja viva. “Está tudo difícil. As lembranças boas ainda estão fortes, porque ela sempre foi carinhosa e estudiosa. Todos os dias pedimos para que ela volte viva e com saúde porque a dor nesse momento é enorme”, disse a mãe, que já tinha ouvido falar no suspeito M.B.S, mas não conhecia seu passado.
O namorado de Bruna, Lucas Veras, que diz ter conhecimento da proposta de trabalho, mas nunca tinha ouvido falar do menor suspeito, afirma que tinha planos com a adolescente e espera que, em breve, ela volte. “Meu Ano Novo foi terrível. Simplesmente, chorei e pedi para que ela voltasse. Tínhamos muitos planos e espero que ela volte.”
Duas jovens que seriam vítimas do acusado depõem
No fim da manhã de ontem, a família de Bruna Tadim, 16 anos, desaparecida desde o dia 29, levou até a Delegacia de Homicídios duas adolescentes que teriam seriam vítimas do menor M.B.S, 17 anos, suspeito pelo desaparecimento.
A adolescente R.N.B, 16 anos, que teria sido estuprada no dia 6 de dezembro, registrou boletim de ocorrência. O menor ficou apreendido por dois dias e foi solto.
De acordo com o irmão de R.N.B, Ricardo Novaes, a jovem teria sido seduzida da mesma forma relatada pela família de Bruna, com uma proposta de emprego na rede Boticário, que seria arrumado pela tia do rapaz, e após um encontro marcado pela internet o crime aconteceu em um matagal atrás do Escola Estadual Elísio de Oliveira Neves.
“Ele disse que tinha um emprego, ainda mais esse e ela foi. Chegou ao local e tudo estava armado para ela. Ele marcou encontro às 20h, a amarrou e só soltou às 1h20”, disse.
Outra a depor foi a menor J.T.S, 17 anos, que relatou que, após o ocorrido com R.N.B, o menor teria telefonado, após ser solto, pedindo confirmação para a proposta de emprego. Assustada, e já sabendo do ocorrido, a jovem não foi ao encontro, que foi filmado pelo irmão de R.N.B. “Ele parece bonzinho, mas, na verdade, é um criminoso.”
O que pesa contra e a favor do suspeito, segundo a polícia
A Folha Metropolitana apurou com policiais civis do 3º Distrito Policial, que iniciou as investigações e também, com policiais da Delegacia de Homicídios, que é o atual responsável pelo caso, quais pontos pesam positivamente e negativamente para o menor M.B.S, 17 anos, que é suspeito pelo desaparecimento de Bruna Tadim, 16 anos.
Negativo:
- Passagem por estupro, com internação de 6 a 9 meses
- Passagem por porte de drogas em Praia Grande
- Registro de averiguação por estupro de R.N.B no dia 6 de dezembro (Ainda não tem decisão judicial por sua prisão)
- Manteve conversas com Bruna, pela internet e telefone, antes do desaparecimento
- É conhecido em seu bairro, Parque Cecap, como ‘Jack’  gíria utilizada
para estupradores
- Ao chegar para o exame de delito, apresentava arranhões nas costas

Positivo:
- O crime ainda não tem materialidade. Bruna ou seu corpo ainda não foram encontrados.
- No registro de estupro do último dia 6, não foi preso em flagrante e já pagou a pena pelos outros crimes cometidos
- Imagens de câmeras do seu prédio não mostram qualquer movimentação estranha ao normal
- Afirma que estava em casa no momento do crime e o fato é confirmado por parentes do adolescente

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